O edifício se divide em três alas: duas laterais e uma central. As alas laterais são similares: formadas por seis abóbadas de berço, independentes entre elas e apoiadas cada uma em quatro pilares perimetrais. A ala central retrocede numa das frentes duas abóbadas, criando um patio de entrada. As fachadas são extremamente homogêneas, segundo o ritmo das abóbadas e seus pilares, e o espaço entre elas.
Os módulos formados pelas abóbadas e pilares nunca se tocam. A distância entre eles é sempre a mesma. Entre os elementos estruturais de concreto aparente a pedra se apresenta como material preponderante. Internamente, este distanciamento não representa uma separação: o espaço é fluido. As abóbadas não tocam as paredes de pedra: um pequeno espaço aberto é mantido. No zênite, uma claraboia complementa a iluminação do interior.
A primeira abóbada das alas laterais abriga um espaço aberto em contato com um espelho d'água e jardins adjacentes. É apenas um espaço de ócio e contemplação. Na ala central, a primeira abóbada, igualmente aberta, cria um espaço intermédio de acesso ao edifício.
Internamente, cada módulo funciona como uma galeria. A pedra branca aparece novamente, servindo de fundo neutro às exposições. A materialidade do concreto aparente continua presente nas lajes. Os nichos entre cobertura e fechamento tornam-se mais nítidos com a entrada da luz natural.
A claraboia tem sua luz direcionada por duas asas de alumínio perfurado, evitando uma iluminação direta nas obras de arte. A beleza dos detalhes está presente neste edifício.
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- Ano: 1972
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Fotografias:Zereshke, Andreas Praefcke